Felicidade e tristeza

Olá a todos,

desta vez venho com boas notícias. Sim, finalmente!!!
Então, chegou a minha vez de conseguir estágio profissional e estou muito feliz por ter sido a escolhida para tal. No entanto, no meio de coisas boas, também existem coisas que me deixam triste, como por exemplo, finalizar o meu voluntariado (não é o voluntariado em si) e deixar os meus pequeninos. Vou ter imensas saudades deles, isso é tão certo quanto eu chamar-me Marisa. Mas porque custa tanto? Foram 6 meses dedicados àquelas crianças, aqueles que esboçavam um sorriso quando me viam chegar junto deles logo de manhã, aqueles que faziam as birras acordados mas a dormir eram uns amorzinhos muito fofinhos, aqueles que me pediam colo e encostavam a cabeça no meu ombro.... Vou pensar constantemente neles, os meus bebés lindos.
Amanhã será o meu primeiro dia de trabalho, vamos ver como corre. Estou, de certa forma, um pouco às escuras, porque não conheço o grupo, Mas tudo a seu tempo!!!
Depois contarei os pormenores.

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Uma pausa

Olá a todos!
O mês de Setembro começou já há umas semanas e... estou na sala dos meus lindos e maravilhosos bebés! Passo a vida a dizer isto, mas é verdade... eles são lindos! Estão a ficar enormes e muito inteligentes. Aiiii... lindos lindos lindos!!! Continuo como voluntária, esqueci-me de fazer referência a isso, no meio desta minha euforia de estar no meio deles.
Agora vem a parte má... há cerca de 3 semanas atrás, apareceu-me uma cena muito estranha no pescoço, uma espécie de pele seca e, passada outra semana, apareceram-me uma espécie de picadas na pele que iam abrindo e inflamando. Preocupada, fui à farmácia e deram-me uma pomada para colocar e, na minha opinião, só piorou. A do pescoço alastrou e as "picadas" foram aumentando, uma aqui... uma ali. No sábado, já estava tão farta disto, arranjei-me e fui ao hospital. No hospital o médico disse que isto não era nada por aí além, e que não era contagioso. Disse-me para tomar um medicamento (para a comichão) e se caso isto não passasse, para eu ir ao dermatologista. Bem, eu não notei nada, e de dia para dia, apareciam mais "picadas". Marquei consulta no dermatologista e, adivinhem... é altamente contagioso!!! Segundo a dermatologista, é algo que foi transmitido pelas crianças (ela disse o nome, mas eu não decorei), portanto, agora estou a fazer uma pausa e não posso ir ao infantário durante uma semana (para já)! Que treta! Isto hoje em dia, mais vale pagar um pouco mais e ir a um especialista e ter a certeza do que tomar e das precauções a ter, do que a um médico de medicina geral, que especificamente não entende nada do assunto e fazem-nos gastar tempo e dinheiro para nada! 
Vou ter saudades dos pequeninos, mas eles que esperem por mim, que daqui por uns dias, já espero estar boa!
A minha dieta ficou em stand-by porque eu não podia juntar as pernas por causa das inflamações criadas nas coxas. Mandava estilo a caminhar de pernas afastadas xD
Até daqui a uns dias, onde eu espero dizer que estou melhor! :D

Umas férias, sff!

Passou quase um mês desde o meu último post e a minha vida continua praticamente igual.
Neste momento estou de "férias", em casa. "Férias" porque para mim, férias é sair da rotina, fazer coisas diferentes do dia-a-dia e, antes de eu fazer o voluntariado, os meus dias eram exatamente iguais aos dias que estou a passar agora. 
Fico pensativa quando há determinadas pessoas que dizem que têm tanto trabalho, que ganham pouco, mas têm dinheiro e tempo para fazer três viagens (no mínimo) por ano. Como é possível essas pessoas terem tantas férias ao ano? Os educadores de infância praticamente só têm férias uma vez ao ano! E estas pessoas, de uma determinada profissão, ainda se queixam que estão mal? Querem trocar? --' 
Tenho dormido mal e andado um pouco em baixo porque alguém que me é mesmo muito próximo vai viajar em breve e, por mais que eu pense que são apenas uns dias, eu vou sentir falta dessa pessoa. Ainda me questiono (inocentemente) porque razão irá àquele sítio novamente. Eu coloco tantas hipóteses e, sinceramente, não queria que fosse pela hipótese que me deixa desta forma.
Tenho saudades dos meus pequeninos, de todos, sem exceção... mas, da minha L... aiiii, tenho tantas, mas tantas saudades! 

Eu só quero ser feliz, rir a toda a hora, porque é assim que eu sou. Eu não sou esta rapariga desanimada, triste, sem alegria de viver...com medo de ser rejeitada, com medo de ser posta de parte, com medo da solidão! Não sou eu!

Trabalhar e envelhecer

O fim-de-semana está quase a terminar e, aproxima-se mais uma semana de voluntariado. Sinceramente, ando a ficar cansada das coisas dramáticas e exageradas que surgem naquele JI. Uma das coisas que mais me revolta é eu andar a tapar buracos, quando sei que estaão a precisar de funcionários. Bem, eu fui fazer voluntariado com a intenção de ganhar experiência na minha área, ter uma educadora ao meu lado, que me explicasse melhor como as coisas funcionam na prática. Pois, mas não é esse o caso. Estou numa sala de berçário, onde não existe nenhuma educadora para me orientar, trabalho tanto ou mais como as auxiliares que lá se encontram, mas continuo, de certa forma, invisível aos olhos da instituição. Sei que faço falta naquela sala e andam com ideias em colocar-me numa outra sala de bebés porque precisam de alguém lá (mas sempre como voluntária). Não sei até que ponto fiz bem em meter-me nisto, afinal de contas, não estou a aprender nada. Se algum dia pensarem em fazer voluntariado, tenham a certeza de onde se estão a meter. 
Esta semana, houve uma situação que me deixou completamente de rastos. A minha vontade foi pegar nas minhas coisinhas e ir embora. Quem é educador ou auxiliar numa sala, que se encontre diariamente nela, conhece bem as crianças que tem e sabe que todas são diferentes. Cada criança tem a sua maneira de comer, a sua maneira de brincar, a sua maneira de adormecer, etc... Na minha inocência, fiz referência à maneira como conseguia adormecer um dos bebés da sala. O bebé adormece ao ser abanado, obviamente que não é abana-lo com violência!!!!!! Para quem me conhece, sabe que não faria mal nenhum a uma criança! Conclusão, uma das pessoas que ouviu, pertence à direção e, uma semana depois, lembrou-se e dirigiu-se à sala onde estou e falou com uma das auxiliares sobre o meu comentário. Essa auxiliar, mais tarde, questionou-me sobre a forma como eu adormecia a criança, e eu expliquei. Praticamente, essa pessoa da direção, deu a entender, que eu adormecia a criança com violência e se fazia isso, era porque todas as pessoas da sala também o faziam e eu apenas as imitava (é preciso uma paciência para os exageros daquela instituição). O pior de tudo, é que essa pessoa da direção nem sequer teve a ousadia de falar diretamente comigo para tentar esclarecer como foi exatamente o meu comentário e os gestos que fiz, enquanto explicava a situação. Eu sou um boneco de imitação naquela sala, não posso ter iniciativa de nada, tenho de fazer tudo conforme o que elas mandam. A sério??? Se eu vejo que um bebé está aborrecido, eu vou buscar a espreguiçadeira e adormeço-o. Se um bebé tem cócó, não fico à espera que me mandem trocar a fralda, simplesmente pego no bebé e mudo-lhe a fralda. Não fico à espera que me digam para o fazer. Às vezes acho que as pessoas se esquecem que eu sou educadora de infância, que já tive estágios e que, no mínimo, sei como se cuida de uma criança. Só as pessoas que trabalham diretamente comigo é que sabem dar valor ao meu esforço, porque mais ninguém dá. Pensam que sou voluntária porque quero e eu acho que já não é porque quero, mas por obrigação, para tentar chegar a algum lado neste país. Não sei se irei aguentar mais tempo... estou como voluntária, enervo-me com as coisas que se passam e ainda tenho de levar com dramas.

Última semana com 24 anos... como o tempo passa a correr. Ainda há pouco tempo estava com 18, hummm... ando a saltar anos? Se pudesse descrever os meus 24 anos, numa palavra, eu usaria a palavra CONFUSÃO. A minha vida está uma autêntica confusão... é no amor, na saúde, no trabalho, no dinheiro, em tudo... No amor, porque estou tão apaixonada por esta pessoa que, à partida parece demonstrar que gosta de mim e depois, as coisas mudam tão rapidamente, e ele parece já nem querer ser meu amigo. Eu sei que existe uma outra rapariga, que o faz delirar, mas ela não o quer, nem sequer gosta dele da mesma forma como eu gosto. Na saúde, porque desde que comecei a fazer voluntariado tenho perdido algum peso, mas mesmo muito lentamente. No trabalho, pelas razões que já expliquei anteriormente, e porque apesar daquilo ser um trabalho, não é um emprego. Dinheiro, porque preciso de um emprego para iniciar a minha vida, comprar um carro, alugar uma casa, viajar... Espero mesmo que nos 25 anos, a palavra que defina essa idade seja CONCRETIZAÇÃO. :)

Até breve.

:(

Continuo a fazer voluntariado, um pouco contrariada já... Não sinto aquilo como uma experiência mas uma obrigação. Contam todos os dias com a minha presença e sinto-me de mãos e de pés atados porque sei que precisam mesmo de alguém lá a trabalhar, mas para não contratarem ninguém, colocaram-me ali já que estou de graça. Não são capazes de ver o meu trabalho, o meu esforço... e arranjarem-me um trabalho. Estou quase a desistir porque já não aguento tanta pressão. Não tenho um incentivo a nível financeiro para lá estar... os meninos são a única coisa que me fazem sorrir e ainda me prendem. Se me vier embora, claro que vai custar... vou morrer de saudades deles. Mas não há nada que pague a pressão que sinto... o desanimo...

No fundo, não sei que raio de "sorte" tenho na vida. Magoa-me o facto de as pessoas não serem sinceras comigo, e descobrir, por outros meios, as mentiras. Dói bastante. Eu acho que não mereço.

Sinto uma vontade tremenda de sair daqui, de espairecer, de apanhar novos ares... mas como? Este país não me dá uma oportunidade. É preciso ter muito azar.

Hoje estou assim, triste... desesperada... a entrar em pânico....

Voluntariado

Esta semana fará um mês que iniciei o voluntariado num jardim-de-infância. Não foi fácil encontrar um sítio para fazer voluntariado, ao contrário daquilo que eu pensava. Pensava que todas as instituições/empresas, etc, estavam de braços abertos para receber alguém sem remuneração. Afinal, enganei-me. Foi ligeiramente mais complicado.
Então, comecei na sala de 1 ano, com cerca de 9 meninos. Dois dos meninos conquistaram logo o meu coração... é incrível esta sensação. :) O meu S e o meu R, são dois meninos bastante diferentes no que toca ao seu desenvolvimento. O S é mais ativo para brincar, já diz algumas palavrinhas e compreende o que lhe dizemos... o meu R, é um menino que, apesar de já saber caminhar, fala pouco, chora bastante e penso que ainda não compreende muitas coisas. Mas adoro-os!!! Um é loiro e o outro é moreno... até nisso são diferentes!
Ora, na sexta-feira passada, por ordem superior, tive de me mudar para a sala dos bebés. Foi um "choque" para mim, porque pensei que ia ficar com os meninos de um ano e nunca me tinha ocorrido que pudesse, de um momento para o outro, ter de os deixar para ir para outra sala.
 Eu adoro bebés, mas eu quero é ganhar experiência como educadora de infância, pelo menos, ao nível do que é que as crianças fazem na sala. Já passei pela sala dos bebés, já estive na sala de um ano... e em estágios já passei pelas salas dos dois e três anos mas, eventualmente, eu arranjar colocação num JI numa sala de quatro ou cinco anos, eu nem sei bem o que fazer. Sinto-me praticamente às cegas.
Em relação à minha mudança, esta também não correu da forma como eu esperava. Trabalho com mais três pessoas, sendo elas todas, auxiliares. Ora, mas há uma que se destaca pela sua maneira de trabalhar, que é me dando ordens. Na sala de um ano, nunca me disseram "faz isto" ou "faz aquilo", diziam "olha, podes fazer isto, se faz favor?" e era óbvio que eu dizia que sim, mas há maneiras de se dizerem as coisas. Mas, pelos vistos, maneiras não é com ela. Eu estou como voluntária, ajudo no que é necessário, mas tenho sentido que estou a fazer o trabalho dessa pessoa, além de levar com as ordens da "dona excelência". Ainda dizem para eu ter calma mas, é impossível. Eu sei o que tenho de fazer, sei trabalhar com crianças e estou a aprender cada vez mais mas, quando não sei, pergunto... quando tenho dúvidas, pergunto... enfim!! A paciência que tenho de levar para o voluntariado para aturar aquela pessoa... Em relação às outras duas auxiliares, só tenho a dizer --> Espetaculares!
Amanhã é um novo dia e, provavelmente, mais ordens me esperam mas, não por muito tempo. Eu tenho que trabalhar e ordens só recebo de quem me pôs naquela sala. Se ela me pedir com jeitinho, pode ser que tenha mais sorte! LOL

Olá!!
Tenho andado um pouco ausente, aqui do blog, mas é mesmo porque não tenho tido paciência para escrever o quer que seja.
Ora, tive uma entrevista há cerca de 2 semanas e, até era perto, disseram que davam a resposta com maior brevidade possivel mas, a brevidade tornou-se longa... Eu, cansada, ansiosa e angustiada, liguei ao senhor a perguntar. Resposta do senhor: "ah e tal... estivemos a pensar e não vamos avançar com o estágio profissional"; Meu pensamento: "Fo**** mas estão a gozar connosco? Fazem-nos ir à entrevista, gastar gasóleo, tempo... e sabe-se lá mais o quê para nada?". Eu a falar: "Pronto, compreendo". Felizmente, até aos dias de hoje, eu tenho a ajuda dos meus pais mas, e quem não tiver? Como é que alguém que não tem carro, não tem dinheiro, se desloca para ir a uma entrevista? Bem, mas isto não termina... é que eu provavelmente descobri a razão para tal resposta. É que há grandes possibilidades de a instituição já ter alguém a ocupar o lugar para a qual fui à entrevista, antes de serem feitas as entrevistas. Só chamaram as pessoas porque têm de dar a conhecer ao Centro de Emprego e é o Centro de Emprego que chama as pessoas. É tudo a gozar com os pobres. Infelizmente não nasci rica... Se quero alguma coisa, tenho que lutar por ela, porque nada me vem parar as mãos do nada.